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Alopecia areata

 


O que é alopecia areata

Introdução

A alopecia areata é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e se manifesta principalmente pela queda repentina de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo ou do corpo.

 Apesar de não oferecer risco direto à vida, ela pode ter grande impacto emocional e na autoestima, já que o cabelo é um dos elementos mais importantes da identidade visual de uma pessoa. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo ataca os folículos capilares, interrompendo temporariamente o crescimento dos fios.

Por que a Alopecia Areata Aparece em Formato Redondo?

A característica mais marcante da alopecia areata é a queda de cabelo em áreas bem delimitadas, geralmente redondas ou ovais. Esse formato ocorre porque o ataque autoimune aos folículos pilosos não acontece de forma difusa em toda a cabeça, mas em grupos específicos de folículos. O sistema imunológico, ao atacar aqueles folículos, faz com que os fios daquela região parem de crescer ao mesmo tempo.

Como o couro cabeludo e a barba possuem milhares de folículos organizados em pequenos agrupamentos, quando um conjunto localizado é atingido, cria-se uma mancha circular bem definida. Isso se repete em diferentes pontos, resultando nas famosas "falhas redondas".




Alopecia Areata no Couro Cabeludo (Homens e Mulheres)

  • Homens e mulheres podem apresentar áreas redondas de queda no couro cabeludo.

  • As placas costumam surgir de forma repentina, sem dor e sem descamação, o que ajuda a diferenciar de fungos ou dermatites.

  • O tamanho pode variar: pequenas moedas ou até regiões maiores unidas, dependendo da intensidade da doença.

  • Em muitos casos, os fios voltam a crescer sozinhos, mas podem nascer inicialmente mais finos e brancos, recuperando a cor natural com o tempo.




Alopecia Areata na Barba (Homens)



Nos homens, a alopecia areata também pode se manifestar na barba, sendo chamada de alopecia areata da barba.

  • Aparece da mesma forma: falhas arredondadas ou ovais, deixando áreas lisas e sem pelos.

  • É comum que surja em homens jovens, especialmente entre 20 e 40 anos.

  • Pode afetar apenas uma parte da barba (como queixo ou costeletas) ou se espalhar para várias regiões.

  • Assim como no couro cabeludo, o crescimento pode retornar espontaneamente ou precisar de estímulo com tratamentos como corticoides tópicos e minoxidil

Tratamento com minoxidil 

O Minoxidil é um dos medicamentos mais utilizados no mundo para tratar a queda de cabelo, incluindo a alopecia areata. Originalmente desenvolvido como um medicamento oral para hipertensão, observou-se que ele tinha como efeito colateral o crescimento de pelos e cabelos.

 A partir daí, passou a ser usado em forma tópica (loção ou espuma) diretamente no couro cabeludo, barba e outras áreas afetadas.

No caso da alopecia areata, o Minoxidil não atua diretamente no sistema imunológico, mas sim na estimulação do folículo piloso.

 Ele aumenta a circulação sanguínea local, prolonga a fase de crescimento dos fios (fase anágena) e fortalece os folículos que foram enfraquecidos pelo ataque autoimune. Isso ajuda a acelerar o retorno do cabelo nas regiões com falhas arredondadas.

O tratamento geralmente é aplicado duas vezes ao dia, em concentração de 5% para homens e 2% a 5% para mulheres, sempre sobre as áreas afetadas. Nos homens que apresentam falhas na barba, o Minoxidil também pode ser aplicado para estimular o crescimento uniforme dos pelos faciais.

É importante destacar que o Minoxidil não é uma cura definitiva para a alopecia areata. Ele funciona melhor como terapia auxiliar, em conjunto com outras abordagens médicas, como corticoides tópicos ou injetáveis, imunoterapia e até novos medicamentos orais. 

Além disso, os resultados podem variar de pessoa para pessoa, e a consistência no uso é essencial para alcançar benefícios visíveis.

Entre os possíveis efeitos colaterais estão irritação no couro cabeludo, descamação leve e, em casos raros, aumento de pelos indesejados em outras regiões do corpo.

 Por isso, o acompanhamento dermatológico é indispensável para avaliar a indicação correta e monitorar a evolução.

Tratamento da Alopecia Areata com Corticoides

Os corticoides são considerados uma das principais opções de tratamento para a alopecia areata, principalmente em casos de falhas pequenas e recentes. Isso porque a doença é de origem autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca os próprios folículos pilosos.

 Os corticoides atuam justamente reduzindo a resposta inflamatória e controlando essa reação exagerada, permitindo que os folículos voltem a produzir cabelo.

Existem diferentes formas de uso:

  • Corticoides tópicos (pomadas ou loções): indicados para áreas pequenas, aplicados diretamente nas falhas do couro cabeludo ou da barba. São de fácil aplicação, mas sua eficácia isolada pode ser limitada, principalmente em quadros mais extensos.

  • Corticoides injetáveis: muito utilizados por dermatologistas em placas de alopecia localizadas. A aplicação é feita diretamente na pele, dentro da área sem fios, com microinjeções de triancinolona. 

  • Essa técnica costuma apresentar bons resultados em poucos meses, favorecendo o crescimento dos fios de forma mais rápida e uniforme.

  • Corticoides orais (em comprimidos): geralmente indicados apenas em casos mais graves e disseminados, como alopecia totalis ou universalis. Nesses casos, é necessário cuidado, já que o uso prolongado pode gerar efeitos colaterais significativos, como ganho de peso, pressão alta e alterações hormonais.

Apesar de serem eficazes, os corticoides não garantem a cura definitiva da alopecia areata. Muitas vezes, após a suspensão do tratamento, novas falhas podem surgir. Por isso, médicos costumam associar os corticoides a outras terapias, como Minoxidil ou imunoterapia tópica, para prolongar os resultados.

O acompanhamento dermatológico é fundamental, tanto para escolher a forma de uso mais adequada quanto para monitorar possíveis efeitos adversos. Quando utilizados corretamente, os corticoides podem ser um grande aliado na recuperação da autoestima e no estímulo ao crescimento capilar.

Conclusão

A alopecia areata é muito mais do que uma simples queda de cabelo. Ela representa uma condição autoimune que interfere diretamente na vida de homens e mulheres, afetando tanto a aparência física quanto a autoestima e o bem-estar emocional. 

Seu aspecto característico em formato redondo ou oval é resultado do ataque localizado do sistema imunológico aos folículos capilares, gerando falhas bem delimitadas no couro cabeludo, na barba e, em alguns casos, até em outras regiões do corpo.

Embora não haja uma cura definitiva, a medicina evoluiu bastante e hoje existem tratamentos capazes de controlar a inflamação, estimular o crescimento capilar e devolver a confiança ao paciente. 

O Minoxidil, por exemplo, atua aumentando a circulação sanguínea e prolongando a fase de crescimento dos fios, sendo bastante utilizado tanto no couro cabeludo quanto na barba. Já os corticoides, em suas diferentes formas — tópicos, injetáveis ou orais —, ajudam a suprimir a resposta autoimune, muitas vezes com resultados rápidos e satisfatórios, especialmente em placas localizadas.

É fundamental compreender, no entanto, que cada organismo responde de forma diferente aos tratamentos. Em alguns pacientes, os fios podem voltar a crescer naturalmente, enquanto em outros é necessário um acompanhamento mais longo e combinações terapêuticas. Por isso, a orientação de um dermatologista especializado é indispensável para avaliar o caso, indicar a melhor abordagem e monitorar possíveis efeitos colaterais.

Além da parte médica, não podemos ignorar o impacto emocional que a alopecia areata causa. Buscar apoio psicológico, grupos de suporte e informações confiáveis faz parte do processo de enfrentamento. O autocuidado, a paciência e o acompanhamento adequado transformam essa condição em algo possível de ser gerenciado, permitindo que cada pessoa resgate sua autoestima e siga sua vida de forma plena e confiante.


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